Candida auris: o fungo mais resistente do mundo
O Candida auris é um tipo de fungo que tem causado preocupações para as agências e profissionais de saúde ao redor do mundo. Ele tem chamado atenção devido ao fato de que, além de sua identificação ser difícil pois ele pode ser facilmente confundido com outras espécies de Candida, ele também se mostra extremamente resistente a um enorme número de antifúngicos. Tais características fizeram com que o Candida auris fosse apelidado de “superfungo” por especialistas que se mostram cada vez mais preocupados com as infecções causadas por ele.
Porque o Candida auris é tão perigoso?
A periculosidade do Candida auris está relacionada à sua resistência a antifúngicos. Ao contrário das infecções mais comuns, o chamado superfungo é resistente à maioria das medicações utilizadas no combate de doenças infecciosas causadas por fungos. De acordo com o especialista Tom Chiller, o Candida auris é resistente às três classes de antifúngicos e é muito difícil de ser combatido pois se trata de um fungo que se comporta como uma bactéria.
Além disso, o superfungo, ao contrário dos demais de sua família, apresenta indícios de que pode ser transmitido diretamente de pessoa para pessoa, e de sobrevivência por longos períodos em superfícies, o que significa que, com frequência preocupante, ele pode ser encontrado em estruturas de cuidados médicos e equipamentos.
Que tipo de doença o Candida auris pode causar?
Infelizmente, os sintomas causados pelo Candida auris podem ser silenciosos, contudo, os efeitos do fungo no organismo são devastadores. É comum que ele cause infecções na corrente sanguínea, mas também pode ocorrer infecção no sistema respiratório, nervoso central, pele e órgãos internos. Ao redor de todo o mundo, estima-se que as infecções fúngicas de C. auris tenham matado entre 30 e 60 por cento dos pacientes, e a resistência do fungo aos medicamentos dificulta muito o tratamento das infecções.
O que pode ser feito para reduzir o número de infecções?
As medidas de prevenção são essenciais para impedir que o superfungo continue se espalhando ao redor do mundo e, sendo assim, a limpeza e desinfecção adequada de ambientes hospitalares é fundamental para o seu controle. Por isso, é indispensável que ocorra a higienização correta do ambiente e equipamentos médicos, bem como das mãos dos profissionais de saúde.
Apesar dessa medida parecer simples, ela na verdade pode ser um tanto quanto complicada, isso porque, além do C. auris ser resistente e poder sobreviver em superfícies inanimadas, também não é possível eliminá-lo com desinfetantes comuns[1], ou seja, é necessário a utilização de produtos químicos de limpeza que sejam adequados e específicos para a eliminação desse fungo.
Entre os produtos que são eficazes frente ao Candida auris estão os detergentes desinfetantes que possuem alto poder de detergência e atividade antimicrobiana. Além disso, é importante utilizar soluções de acordo com as necessidades de cada setor, ambientes e equipamentos que serão limpos para evitar desgaste dos materiais.
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O que a Anvisa tem a dizer sobre o assunto?
Apesar das suspeitas, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), afirma que o modo exato de transmissão do Candida Auris ainda não foi determinado, mas que “evidências iniciais sugerem que o organismo pode se disseminar em ambientes médicos por contato com superfícies ou equipamentos contaminados, ou de pessoa para pessoa”.
Além disso, registros de casos de surto do superfungo apontam que ele pode contaminar substancialmente quartos de doentes colonizados ou infectados e que a sua transmissão diretamente de artigos e equipamentos médicos pode apresentar grande risco para os pacientes.
Em 2017 a Anvisa emitiu um comunicado de risco relatando surtos de C. auris na América Latina, e descreveu o fungo como uma potencial ameaça à saúde global. De acordo com a agência, o primeiro surto do C. auris foi detectado na cidade venezuelana de Maracaibo, em 2013, e dentre os 18 pacientes afetados, 13 eram bebês.
Mesmo que nenhum caso tenha sido confirmado no Brasil até o momento, especialistas afirmam que com a globalização e o fato do fungo sobreviver por longos períodos em superfícies, o risco de a doença chegar até o Brasil é alta, mas de acordo com os médicos, a preocupação maior não é de uma epidemia mundial, mas sim da infecção que o C. auris pode causar em pacientes que já estão doentes.
Atualização: Na última segunda-feira, dia 07/12/2020, a ANVISA emitiu um alerta sobre o primeiro caso do superfungo Candida auris no Brasil em um paciente adulto que estava hospitalizado na Bahia com Covid-19. Identificado pela primeira vez em 2009 no Japão, o Candida auris já teve casos registrados em 30 países, sendo 39% fatais. De acordo com especialistas, é necessário estar alerta para possíveis novos casos, e a maior preocupação deve ser com o ambiente hospitalar para evitar a “colonização” em superfícies, instrumentais e equipamentos médicos.
[1] Adaltech (https://www.adaltech.com.br/anais/medtrop2018/resumos/PDF-eposter-trab-aceito-0910-2.pdf)
Pebmed (https://pebmed.com.br/candida-auris-fungo-multirresistente-surge-como-nova-ameaca/)
BBC (https://www.bbc.com/portuguese/geral-49432377)
Setor Saúde (https://setorsaude.com.br/fungo-candida-auris-preocupa-autoridades-em-todo-o-mundo/)
Bioquell (https://www.bioquell.com/news/us-cdc-atualiza-recomendacoes-sobre-candida-auris/?lang=pt-br)
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