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Acesso Intraósseo: tudo que você precisa saber sobre essa técnica que salva vidas

O acesso intraósseo (IO) é um procedimento alternativo para administração intravenosa de medicamentos e fluidos.
Acesso Intraósseo

Diariamente profissionais de saúde encontram-se em situações emergenciais em que a necessidade de realizar exames ou administrar medicamentos e fluidos é urgente, contudo, não é possível realizar o acesso periférico ou central. Nesses casos, o acesso intraósseo pode ser a solução. Continue lendo para saber mais sobre acesso intraósseo, suas indicações, contraindicações, complicações e benefícios dessa técnica.

O que é o acesso intraósseo?

O acesso intraósseo (IO) é um procedimento alternativo para administração intravenosa de medicamentos e fluidos. Utilizado em emergências, quando não é possível realizar o acesso periférico ou central, esse tipo de acesso é comumente aplicado em casos de hemorragia, trauma, paradas cardiorrespiratórias, choque, pacientes pediátricos, na sala de emergência e em outras situações críticas onde o acesso intravenoso é difícil. ¹

Podendo ser usada com segurança tanto em adultos quanto em crianças, a punção intravenosa pode ser feita em diferentes locais como úmero proximal, tíbia proximal e tíbia distal, e apresenta baixos riscos de complicação.

Quais são as indicações e contraindicações do acesso intraósseo?

Como citado, o acesso intraósseo é indicado para situações em que o acesso periférico ou central não possa ser realizado, incluindo:

  • Todas as formas de choque fisiológico;
  • Hipotermia;
  • Múltiplos acessos intravenosos prévios;
  • Uso de drogas intravenosas.

E quanto às contraindicações, de acordo com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia, elas podem ser absolutas ou relativas:¹

  •  Absolutas

Trauma ósseo no local ou proximal ao local de acesso, ou punção IO prévia no mesmo membro: o rompimento do osso no local ou proximal ao local de punção causa extravasamento de infusões e potencialmente o desenvolvimento de síndrome compartimental.

Infecção sobre o ponto de inserção: há risco de semear a infecção para dentro do osso – e causar osteomielite.

  • Relativas 

Prótese no membro (artroplastia de joelho, haste tibial, placa umeral), ou esternotomia prévia: o rompimento da matriz óssea pode interferir de modo imprevisível com a punção ou as taxas de fluxo do acesso, e a inserção em metais implantados pode causar danos à prótese ou à agulha de punção IO. 

Dificuldade na identificação de pontos anatômicos: nestes pacientes, dispositivos IO devem ser implantados com extrema cautela, uma vez que pode ser causado dano à estruturas subjacentes. 

Quem pode realizar o acesso intraósseo?

Mesmo que seja um procedimento com índice de complicações inferior a 1%, a punção intraóssea ainda é uma técnica de emergência que só deve ser aplicada caso o acesso periférico ou central não possa ser utilizado e, devido seu caráter emergencial, muitos profissionais se sentem pouco preparados para realizar a técnica.

Apesar disso, segundo a Lei 7.498/1986², realizar os cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida é responsabilidade do enfermeiro e cabe a ele a “prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem”.

Além disso, em setembro de 2020, o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) aprovou a Resolução 648/2020 que dispõe sobre a normatização, capacitação e atuação do enfermeiro na realização da punção intraóssea em adultos e crianças em situações de urgência e emergência pré e intra-hospitalares, onde, no artigo 2, afirma-se “Para a realização da punção intraóssea, o enfermeiro deve estar devidamente capacitado, por meio de curso presencial com conteúdo que inclua teoria e prática simulada.” ³

Portanto, caso o enfermeiro sinta-se preparado, apto e tenha a competência técnica para realizar o procedimento, ele poderá fazê-lo.

Quais são as possíveis complicações do acesso intraósseo?

As complicações relacionadas ao acesso intraósseo ocorrem, geralmente, devido ao posicionamento inadequado e extravasamento, podendo resultar em síndrome compartimental, ou seja, no acúmulo de pressão devido à hemorragia interna ou inchaço dos tecidos.

Além disso, outra complicação relatada é a chamada osteomielite, uma Inflamação do osso causada por infecção, que está diretamente relacionada com a inserção feita através de pele infectada, lesada ou queimada. No caso de inserção no esterno, há risco de pneumotórax, lesão de grandes vasos e mediastinite. Por fim, em crianças, caso o dispositivo seja colocado perto de uma placa de crescimento, pode ocorrer lesão epifisária.¹

Como apontado, o índice de complicação da aplicação do acesso IO é baixo, contudo, ainda existem riscos, por isso, é extremamente importante que o profissional que realizará o procedimento tenha o conhecimento técnico necessário para fazê-lo com segurança. Além disso, em adição à técnica adequada, o uso de soluções de excelência para realização do procedimento também é importante para garantir que o acesso seja realizado corretamente. 

O Sistema de Acesso Vascular Intraósseo EZ-IO, por exemplo, é uma solução para acesso IO em situações de emergência com taxa de sucesso de 97% na primeira tentativa, sendo altamente seguro e eficiente para aplicação em pacientes adultos e pediátricos sempre que o acesso vascular for difícil de ser realizado em casos de emergência e urgência ou, ainda, em situação clinicamente necessária por até 24 horas.

EZ-IO fornece acesso venoso periférico com desempenho de cateter venoso central, apresentando taxa de complicações graves menor do que 1% e garante o acesso vascular em 10 segundos, além de possuir também seis locais de inserção aprovados, por isso, é a solução ideal para realizar acesso intraósseo com segurança e efetividade.

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Referências

ENFERMEIRO É HABILITADO PARA REALIZAR PUNÇÃO INTRAÓSSEA – COREN-DF (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO DISTRITO FEDERAL) ²

ENTENDENDO E ESTABELECENDO ACESSOS INTRAÓSSEOS – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA ¹

COFEN (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM) ³


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